Resenha: Toda luz que não podemos ver - Anthony Doerr

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Sinopse: Marie-Laure vive em Paris, perto do Museu de História Natural, onde seu pai é o chaveiro responsável por cuidar de milhares de fechaduras. Quando a menina fica cega, aos seis anos, o pai constrói uma maquete em miniatura do bairro onde moram para que ela seja capaz de memorizar os caminhos. Na ocupação nazista em Paris, pai e filha fogem para a cidade de Saint-Malo e levam consigo o que talvez seja o mais valioso tesouro do museu. Em uma região de minas na Alemanha, o órfão Werner cresce com a irmã mais nova, encantado pelo rádio que certo dia encontram em uma pilha de lixo. Com a prática, acaba se tornando especialista no aparelho, talento que lhe vale uma vaga em uma escola nazista e, logo depois, uma missão especial: descobrir a fonte das transmissões de rádio responsáveis pela chegada dos Aliados na Normandia. Cada vez mais consciente dos custos humanos de seu trabalho, o rapaz é enviado então para Saint-Malo, onde seu caminho cruza o de Marie-Laure, enquanto ambos tentam sobreviver à Segunda Guerra Mundial.Uma história arrebatadora contada de forma fascinante. Com incrível habilidade para combinar lirismo e uma observação atenta dos horrores da guerra, o premiado autor Anthony Doerr constrói, em Toda luz que não podemos ver, um tocante romance sobre o que há além do mundo visível.

Toda luz que não podemos ver é um livro excepcional. No começo ele despertou minha curiosidade, mas não ao ponto de me prender a ele. Confesso que de início precisei ler algumas partes duas vezes para entender a forma a narrativa acontecia e compreender a situação do momento, porque o livro não é totalmente linear, começamos no presente, voltamos para o passado e eu demorei para acompanhar o ritmo. Ele mexeu comigo, foi uma leitura pesada, reflexiva e ao mesmo tempo fluida. Eu demorei cerca de dois meses para lê-lo, mas valeu a pena ter demorado, pude apreciar cada detalhe.
“Abram os olhos e vejam tudo o que conseguirem ver antes que se fechem para sempre.”
O livro gira em torno de Marie-Laure e Werner, duas vidas distintas que vão acabar se cruzando. Marie-Laure é uma jovem que perdeu a visão aos 6 anos e desde então lutou fervorosamente para sobreviver num mundo onde nada facilita sua vida, com a ajuda de seu pai, Daniel LeBlanc, que sempre fez o que pôde para ser um bom pai para a filha, mesmo todos tendo-o como um pobre coitado e amaldiçoado. Werner mora num orfanato com sua irmã Jutta, sempre muito unidos. Nesse orfanato a freira Frau Elena, faz de tudo pelas crianças, cuidando-as da melhor maneira que consegue. 

“- As pessoas vão dizer que você é pequeno demais, Werner. Que você veio da ralé, que não deveria sonhar grande. Mas eu acredito em você. Acho que você você vai realizar feitos incríveis.” 
A vida de ambos os jovens passa mudar quando Werner é aceito na escola de alemães e Marie-Laure vai morar com seu pai na casa do seu tio avó Etienne LeBlanc e Madame Manec em Saint-Malo. E a  chegada da guerra mudou ainda mais suas vidas. A realidade daquela época é mostrada de uma forma tão verdadeira que chega a doer o coração em ler certas partes do livro, porque a 2º Guerra não foi um período nada fácil.
"Abram os olhos e vejam tudo o que conseguirem ver antes que se fechem para sempre."
Acompanhar toda a história, evolução e crescimento dos personagens é incrível, Anthony Doerr conseguiu colocar anos de história (uma bela história) em 500 e poucas páginas. Esse livro é uma mistura de emoção, tristeza, esperança, compaixão e tudo mais que se possa imaginar. Indico bastante, talvez lendo livros como esse, nosso senso de humanidade possa crescer cada vez mais.


Título: All the ligth we can not see / Toda luz que não podemos ver
Autor: Anthonny Doerr
Editora: Intrínseca
Páginas: 528
Ano: 2015










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1 comentários

  1. Oi Meninas! Tudo com vocês? Passei aqui para avisá-las que indiquei vocês nessa tag http://goo.gl/6mGsGe, espero que gostem e se divirtam respondendo ela... Ps: Fui eu quem a criei juntamente com um blog amigo e ficaria muito feliz que respondê-se ^^

    Não consegui achar vocês no Facebook, por isso que estou escrevendo aqui.
    Atenciosamente Um baixinho nos Livros

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