Resenha: A Garota no Trem - Paula Hawkis

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"Você não sabe quem ela é, mas ela conhece você."

Oi, lindos e maravilhosos, desculpem pelo meu repentino sumiço, mas o carnaval e a volta as aulas foram bem corridos pra mim, por incrível que pareça só estou conseguindo me organizar agora. Espero que tenham sentido minha falta, hdufuwnv.

Sinopse: Um thriller psicológico que vai mudar para sempre a maneira como você observa a vida das pessoas ao seu redor.
Todas as manhãs Rachel pega o trem das 8h04 de Ashbury para Londres. O arrastar trepidante pelos trilhos faz parte de sua rotina. O percurso, que ela conhece de cor, é um hipnotizante passeio de galpões, caixas d’água, pontes e aconchegantes casas.
Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho. E é de lá que Rachel observa diariamente a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes – a quem chama de Jess e Janson –, Rachel é capaz de descrever o que imagina ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias depois, ela descobre que Jess – na verdade Megan – está desaparecida.
Sem conseguir se manter alheia à situação, ela vai à polícia e conta o que viu. E acaba não só participando diretamente do desenrolar dos acontecimentos, mas também da vida de todos os envolvidos. 


O livro A Garota no Trem tem uma trama muito envolvente, apesar de eu ter demorado bastante a finalizar minha leitura (quase dois meses), pelo fato de não gostar da protagonista, mas desde o começo o livro me intrigou muito, pois a cada capítulo você descobre algo novo, você nota uma coisa diferente que não teve como perceber no anterior. Uma das coisas que me agradou no livro, foi a troca de pontos de vista entre Rachel, Megan e Anna.

"Dá uma sensação de conforto observar estranhos seguros em suas casas."
A personagem principal, Rachel, é uma alcoólatra, solitária e insatisfeita com a vida e consigo mesma. Durante todo o livro, ela mostra como sente pena e vergonha de si mesma, o que me irrita muito, porque ela quase não faz esforço algum para alterar aquela situação, só fica se lastimando, bebendo, chorando, mentindo e se metendo em problemas. De todos os personagens, ela foi a que menos gostei, apesar de que, nenhum dos personagens chegou a me cativar de fato.
Os personagens secundários, como Tom e Scott, são de extrema importância para deixar tudo mais envolvente e misterioso. Megan e Anna, que não parecem ter ligação alguma com Rachel, aos poucos vão mostrando para que foram colocadas na trama.

"Perdi o controle sobre tudo, até mesmo sobre os lugares dentro da minha cabeça."

Como foi dito na sinopse, Rachel todos os dias pega o trem às 8h04, nesse percurso ela costuma observar tudo que o acontece enquanto ela está lá dentro, em especial ela observa Jason e Jess (nome que ela deu ao casal Megan e Scott, na realidade) que mora na casa Nº15. Diariamente ela olha pela janela, a vida perfeita que ela supõe que eles tem e fica lembrando-se da vida que tinha com seu ex-marido Tom, que a deixou por conta de seu alcoolismo, para ficar com Anna.

Inicialmente, quando os três pontos de vistas começam a ser intercalados, não entendemos muito bem o motivo, mas acabamos fazendo a ligação e vendo como são importantes. O mistério principal que gira em torno da ficção, é o desaparecimento de Megan. E Rachel se sente parte desse mistério por ter presenciado uma cena do trem, na casa deles, que a leva a pensar que pode ajudar a descobrir o paradeiro de Megan, porém ela acaba se envolvendo mais do que imagina e também termina causando problemas para si mesma.

“Uma para tristeza, duas para alegria, três para menina. Três para menina. Fico empacada nas três. Não consigo passar disso. Minha cabeça está repleta de sons, minha boca, repleta de sangue. Três para menina. Posso ouvir as aves, as pega-rabudas – estão rindo, debochando de mim, um crocitar estridente. Um bando. Mau agouro. Posso vê-las agora, negras contra o sol. Não as aves, outra coisa. Alguém está vindo. Alguém está falando comigo. Veja só. Veja só o que você me obrigou a fazer.”
A proposta da autora, para envolver o leitor é bem interessante e bem sucedida. Quando eu cheguei na metade do livro, já tinha duas teorias formadas sobre o que poderia ter acontecido com Megan, porém, nenhuma delas era o que realmente tinha acontecido e eu gostei disso, pois eu fiquei surpresa com o desfecho da história, era algo que eu não esperava.

Quando eu comecei minha leitura, não estava com grandes expectativas por ter visto algumas opiniões ruins sobre o livro, mas mesmo assim achei que acabaria gostando bastante dele no final, o que não aconteceu. A Garota no Trem, não é um livro, nem de longe, mas eu achei que a maneira como o livro terminou, não foi tão boa quanto poderia ter sido, não chegou a altura que merecia, depois de tanto mistério. E também que ficou faltando algum tipo d explicação para o desfecho do mistério - opinião minha -, portanto, esse livro é um bom livro, mas poderia ser excelente, se não fosse esse final.

“Os buracos em sua vida são permanentes. Você tem que crescer ao redor deles, como as raízes das árvores em torno do concreto; você se molda através dos furos.”
Este livro foi fornecido por nossa parceira, Clube Ludi. O livro A Garota no Trem encontra-se na loja, para venda.
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Título Original:  The Girl On The Train / A Garota no Trem 
Autora: Paula Hawkins
Editora: Galera Record
Páginas: 378
Ano: 2014

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